segunda-feira, 10 de maio de 2010

Imago Dei

Deitado em meio a grama do jardim,
esperando a chuva descer
começo a brotar, nascer de novo.
É sábado de aleluia. Relâmpagos e trovões anunciam a ressurreição.
Onde está este homem-Deus que não vem curar minha cegueira, minha nudez.
Me dispo das roupas carnais, me vejo um ser espiritual.
Vento soprando na erva seca morrendo.
É o sopro do Senhor na alma moribunda.
Dando um último alento neste ser feito sua imagem e semelhança.
No espelho é apenas um reflexo sem cor e vida.
Prefiro olhar um outro ser face a face, olho no olho. Aí sim me vejo colorido,
e minha semelhança no outro ser, é minha imagem real, com toda sua alegria e tristeza,
humano para humano, semi deuses, deuses na terra, semelhantes a Deus no céu, mas não igual.

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